"Sei que estás em festa pá, fico contente, enquanto estou ausente manda um cravo para mim"
Para se dizer que falei de flores...
O 25 de Abril foi há 33 anos e, há quem diga, que seria melhor que não tivesse existido. Perdoem-se os néscios e culpem-se os que o afirmam com fé.
Naquele tempo Portugal era um país desconectado com a Europa a todos os níveis, social, económico e político.
A guerra colonial, que durou 13 anos, implicava muitos gastos económicos e, ao mesmo tempo, sorvia vidas que se perdiam em África ou em deserções.
A Espanha, que alguns tentam usar como termo de comparação, já tinha dado a independência à Guiné Equatorial e deixado à sua sorte o Saara Oriental. A Espanha não tinha um problema colonial.
A Espanha é, e era, uma potência agrícola e turística. A nível do mercado de capitais tinha uma abertura que Portugal não tinha. apenas durante duas décadas a Espanha teve um rendimento per capita inferior a Portugal, porque recuperava da guerra cívil. Mas a questão é antiga, tem séculos.
A descolonização era inevitável. Não foi boa nem má. Foi a possível. Aliás atente-se em exemplos de boa e má descolonização O Senegal foi o exemplo de uma boa descolonização, neste momento tem 80% de desemprego, muita gente morre ao tentar chegar às Canárias. A Costa do Marfim foi uma má descolonização e , Cabo Verde será a única colónia europeia que prosperou. As boas e as más descolonizações acabaram em tragédia e, na Europa, em pleno século XX os genocídios foram sistemáticos.
Dir-se-á que o mal foi o PREC. Muitas nacinalizações, revolução a mais. E, no entanto, as nacionalizações na Europa do pós guerra foram muito superiores. Convém não esquecer que havia bancos falidos por causa do crash bolsista de 1973. O nosso universo era pequeno a economia estava parada e os juros subiam (ver Silva Lopes, Gradiva).
E por último, mas muito importante: O 25 de Abril teve três efeitos.
1) As élites espanholas e gregas despacharam as suas ditaduras.
2)Acelerou o modelo social europeu.
3)O forte impulso da esquerda levou a que a adesão de Portugal à CEE fosse mais vantajosa, porque o que interessava era afastar o modelo comunista. Até Ernâni Lopes diz isto.
O 25 de Abril foi há 33 anos e, há quem diga, que seria melhor que não tivesse existido. Perdoem-se os néscios e culpem-se os que o afirmam com fé.
Naquele tempo Portugal era um país desconectado com a Europa a todos os níveis, social, económico e político.
A guerra colonial, que durou 13 anos, implicava muitos gastos económicos e, ao mesmo tempo, sorvia vidas que se perdiam em África ou em deserções.
A Espanha, que alguns tentam usar como termo de comparação, já tinha dado a independência à Guiné Equatorial e deixado à sua sorte o Saara Oriental. A Espanha não tinha um problema colonial.
A Espanha é, e era, uma potência agrícola e turística. A nível do mercado de capitais tinha uma abertura que Portugal não tinha. apenas durante duas décadas a Espanha teve um rendimento per capita inferior a Portugal, porque recuperava da guerra cívil. Mas a questão é antiga, tem séculos.
A descolonização era inevitável. Não foi boa nem má. Foi a possível. Aliás atente-se em exemplos de boa e má descolonização O Senegal foi o exemplo de uma boa descolonização, neste momento tem 80% de desemprego, muita gente morre ao tentar chegar às Canárias. A Costa do Marfim foi uma má descolonização e , Cabo Verde será a única colónia europeia que prosperou. As boas e as más descolonizações acabaram em tragédia e, na Europa, em pleno século XX os genocídios foram sistemáticos.
Dir-se-á que o mal foi o PREC. Muitas nacinalizações, revolução a mais. E, no entanto, as nacionalizações na Europa do pós guerra foram muito superiores. Convém não esquecer que havia bancos falidos por causa do crash bolsista de 1973. O nosso universo era pequeno a economia estava parada e os juros subiam (ver Silva Lopes, Gradiva).
E por último, mas muito importante: O 25 de Abril teve três efeitos.
1) As élites espanholas e gregas despacharam as suas ditaduras.
2)Acelerou o modelo social europeu.
3)O forte impulso da esquerda levou a que a adesão de Portugal à CEE fosse mais vantajosa, porque o que interessava era afastar o modelo comunista. Até Ernâni Lopes diz isto.